Enevoada em: Teoria do álbum Cry Baby by: Melanie Martinez

12:45


Olá Enevoados, tudo bem? Quem ai gosta da Mel? Vim compartilhar minhas teorias em relação ao album Cry Baby, então vem!
 

Como primeiro álbum de estúdio da Melanie Martinez, Cry Baby aparece para explodir sua mente e trazer uma critica social fortíssima onde nossa querida Melanie nos ensina mais do que um professor e nos da uma sessão grátis de terapia escancarada e sem dó. Decidi fazer esse post com as teorias de cada música porque eu gosto bastante de ficar quieta e criar essas loucuras na minha cabeça, então decidi compartilhar com vocês. Espero que depois desse post, vocês que nunca ouviram, vão direto no Spotfy ou no Youtube ouvir. Tenho certeza que depois vocês vão dizer “ I’M CRY  BABY”. Então vou dividir esse post em partes 3 partes, sem mais demoras, gogogo!



1.    Cry Baby
“Você parece substituir seu cérebro pelo seu coração, você leva as coisas tão a sério e daí
desmorona, você tenta explicar, mas antes de começar, essas lágrimas de bebê chorão,
saem do escuro”
Logo no começo do clipe, nos deparamos com a mãe da Cry Baby grávida perto de dar a
luz a nossa querida personagem, após o nascimento, a enfermeira chega com a criança e a
mãe diz “Oh Deus, ela parece um bebê chorão” e ai o menininho que está ao lado da mãe,
corre e assina a identidade da bebê, dando-lhe o nome de Cry Baby.
Quando a música começa, as primeiras palavras são essas que eu coloquei acima, onde a personagem diz que sempre que tenta se explicar, desmorona, chora, se desespera e nunca consegue se expressar e conforme a mãe a maltrata fica ainda pior, porque ela não tem carinho, não tem um apoio na própria casa e da própria mãe, e ai que os sinais de depressão e solidão começam a aparecer, começa sempre daquele lugar que tem a intenção de nos acolher a acaba sendo o começo da nossa destruição. 
O mais engraçado de tudo isso é que quando pessoas sofrem como a personagem, conseguimos nos refletir “Você está sozinha e perdeu seus amigos, você diz a si mesma que não é você, são eles”. Eu já me vi nessa situação, uma pessoa que é incapaz de se expressar, que não corre atrás das outras e que diz que são as pessoas que se afastam quando na verdade é você mesmo que está se afastando pelo que você se tornou, e parece que você leva uma martelada de que isso é errado “Você é o único e ninguém entende, mas essas lágrimas de bebê chorão continuam voltando”. Enfim, até certa parte da música, percebemos que a Melanie está falando da personagem, de como ela se sente, o que ela se tornou em reflexão da própria família que é desprovida de empatia, só que quando a Mel canta “Eu olho para você e vejo a mim mesma, e eu sei melhor do que ninguém. Eu tenho a mesma torneira em meus olhos, então suas lágrimas são minhas” Percebam que a personagem fala dela mesma em terceira pessoa até essa parte, como se ela estivesse assistindo a um filme e percebendo “Espera, tem algo errado aí...”. Pode parecer que ela não está ligando quando a chamam de Cry Baby por não conseguir se expressar, ou até mesmo se “vitimizar”, mas estamos colocando um comportamento que ela adquiriu por não ter recebido toda aquela abertura e amor como outras pessoas receberam. “Lágrimas caem no chão, eu apenas deixo eles se afogarem”.



2.    DollHouse.
“Ei garota, abra as paredes, brinque com suas bonecas, nós seremos uma família perfeita”.

E somos apresentados à família da Cry Baby, onde no clipe vemos uma menina brincando com sua casa de bonecas e quem está dentro é a Baby e seus pais. Vejamos que esse clipe é uma critica as famílias que são moldadas onde nas fotos transparecem a família perfeita, mas na verdade é totalmente conturbada onde acontecem as coisas e insistem em ofuscar, se fazendo de cegos.
“Vão para o seus lugares, vistam seus vestidos e coloquem seus rostos de bonecas, todo mundo acha que somos perfeitos, por favor, não os deixem olhar através da cortina”

O pai trai a mãe, o filho fuma maconha, a mãe é alcoólatra e viciada em beleza, além de tratar mal a Cry Baby por ser uma menina sensível que é usada como boneca. Uma das partes que eu mais gosto da música é essa: “Ei garota, olhe para minha mãe, ela está com tudo em cima, HÁ, você está cega por suas jóias. Quando você vira as costas, ela pega seu frasco e esquece a infidelidade dele”. Ou seja, é literalmente uma dollhouse, podemos ampliar essa música não só para as famílias, mas para as pessoas em geral. Quantas pessoas não se moldam em quem não são? Instagram, Facebook, Snapchat, Youtube... Tudo é realmente perfeito como eles dizem ser? E o mais engraçado é que as pessoas comentam que queriam ter a vida que esses famosos tem, só que se esquecem de que são pessoas iguais a nós que tem problemas, obstáculos, tristeza. Quem sabe se naquele momento que estão mostrando a “perfeição” por trás está se afogando em comprimidos, cansados de simplesmente viver?
Para mim é uma das músicas mais geniais do álbum, minha segunda predileta. 


3.    Sippy Cup
É uma das músicas mais perturbadoras que eu já ouvi. No momento em que não há mais saída, a pessoa já está afundada na desgraça e está cansada de ser e fazer as pessoas serem o que não é, já conseguimos imaginar qual decisão é a mais óbvia.
“O sangue ainda fica quando os lençóis são lavados, sexo não acaba quando as luzes se apagam, crianças ainda se deprimidas quando você as veste e xarope continua sendo xarope em uma mamadeira”. 

Parece que a mãe da Cry Baby se tocou que o marido estava traindo ela e começa a se questionar sobre várias coisas, é óbvio que ela sabia que ele a traia, mais como eu disse anteriormente, ela preferia ofuscar para mostrar que era tudo perfeito, mas isso adiantou alguma coisa? Pelo contrário, não importa o quanto ela tente disfarçar, acaba ficando pesado e difícil de controlar. Essa música se encaixa muito bem com a vida da Madeline de Pequenas Grandes Mentiras, um livro maravilhoso que vai ter resenha no blog, recentemente foi lançada a série que está bem fiel então vale a pena dar uma olhada, enfim, a vida de Madeline é tão moldada, tão dollhouse que ela mesma se perde, se culpa por continuar naquele relacionamento abusivo e ao mesmo tempo se sente acolhida porque não consegue se ver sem aquilo.
No clipe a mãe da Cry Baby coloca a bebida na xícara e dizem que na garrafa está escrito “Murder” até agora não achei, MAS OK. Depois que o pai da Baby e sua amante chegam em casa, a mãe logo percebe, pega uma faca e comete o assassinato. Nossa personagem principal logo percebeu algo estranho e foi checar o que aconteceu, quando chega à cozinha encontra seu pai morto ao lado da amante, uma série de emoções toma o corpo da coitadinha. A mãe que percebeu logo quando a Baby levantou a seguindo e meio que dopou a menina, levou para o quarto e deu um liquido que apaga a menina de vez.

O final me deixou um pouco confusa porque a Baby aparece como anjo em algumas partes do clipe, o que nos leva a pensar “Será que ela morreu?”, mas como a história tem continuação é claro que isso não aconteceu, mas essa parte em especifico eu não consegui pensar ou criar uma teoria ainda.

Enfim, essas foram as 3 primeiras músicas que apresentei minhas teorias, onde podemos perceber que a família da Cry Baby é totalmente conturbada, cheia de problemas e são moldados em pessoas que não existem só para mostrar que são felizes. Não adianta fazer isso, no fim quem vai ser infeliz é você e isso pode te levar a fazer coisas que não são precisas que poderia ter outro tipo de saída ou solução, ainda mais em uma família que pode ser muito mais catastrófico.

É isso, espero que tenham gostado, fiz com muito carinho. No próximo post vou trazer Carousel, Alphabet Boy e Soup que já conta outra parte da história.

Até a próxima com Carousel ♥, beijos.

 
 
 Fotos e Gifs: TUMBLR

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