Resenha: Salem - Stephen King

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E sua cidade natal escondesse segredos que você julga ser impossíveis?
Salem é uma cidade pequena onde Ben passou metade de sua infância.
Depois de muitos anos e depois de construir sua carreira como autor (por mais que a crítica caia em cima de seus livros como alfinetes) Ben, retorna a Salem para escrever seu próximo livro. Sua inspiração para a nova escrita é uma casa onde teve um episódio não muito agradável quando criança. A casa Marsten é aquela que atormenta seus sonhos na maioria da noite e se tornou um de seus piores demônios. Mas, não se deixando intimidar, decide alugar a casa para explorá-la e ter mais inspiração, mas para a sua surpresa, alguém já a comprou deixando uma duvida e suspeita no ar.
Quem compraria a casa que carrega vários mitos e demônios? Quem compraria a casa que é como um fardo para a cidade? Quem compraria o centro dos horrores de Salem's Lot?
Depois de um evento muito assustador com um cachorro sendo estripado e deixando pendurado no cemitério de Salem, as pessoas acharam que seria apenas um ato maldoso das crianças, mas, depois do episódio, as coisas começaram a ficar bem, bem estranhas em Salem e coisas, digamos, paranormais começam a acontecer.
O livro foi publicado anteriormente como “A Hora Do Vampiro” então não é surpresa para ninguém que é um livro onde vamos encontrar os tão temidos vampiros.
Stephen mais uma vez conseguiu me impressionar com sua escrita impecável e tão ilustrativa. Como de costume, o autor quer que o leitor conheça cada detalhe. A história da cidade, dos personagens (por mais secundários que sejam) o autor quer nos apresentar a cada pequeno graveto. E como na maioria das vezes, Stephen nos mostra a capacidade da maldade do ser humano, o comportamento errático e o que se passa na mente das pessoas.
A cidade de Salem's Lot é pacata, mas é formada por um conjunto de pessoas egoístas que não pensam uma nas outras e nem se dão conta do desaparecimento de uma das outras. É incrível como a vida de cada vizinho continua mesmo sabendo que há algo de errado. São poucos os personagens que consegui me apegar, porque tinham algumas cenas que dava vontade de falar “SÉRIO? SÉRIOOOO?” 



São situações que ocorrem na cidade que se, eu estivesse no lugar, com certeza não iria acreditar. Mas com todas as evidências que são abordadas no decorrer da história, fica bem crível o que está acontecendo.
Diante a situação, Ben até deixa de escrever seu livro para lidar com tudo o que está acontecendo e achar uma maneira de fazer isso parar.
Não só Ben como outros personagens que o ajudam. Matt, Susan, Jimmy, Mark, o Padre Callahan... São como os “caçadores de vampiros”. O entrosamento dos personagens é muito legal e saber que eles se apegam uns aos outros diante do que está acontecendo, é muito bonito. São as únicas pessoas que tem consciência do que está acontecendo e se importam com os outros e com a cidade.
Gostei do livro, mas não entrou para os meus favoritos. A história é realmente muito descritiva, mas tinham momentos em que eu ficava com muito sono e não acontecia nada. Era uma enrolação para chegar a algumas partes e achei desnecessário, mas continuamos lendo porque é Stephen King. Por mais que eu reclame sobre isso, eu gosto que o autor apresente para mim o seu mundo, a construção de cada coisa com o mínimo detalhe, e o King é mestre nisso ♥.



É uma boa história, eu me caguei em várias, VÁRIAS partes. É um suspense indispensável e você fica tão dentro da história que é inevitável não começar a visualizar a situação pelo olhar dos personagens.
Recomendo para quem gosta de vampiros, mas vampiros assustadores, de matar sem dó. Não esperem por um Edward, haha.
Edição: Eu li no Kindle, mas eu já vi o livro físico. Suma de Letras destruidora como sempre, toda cuidadosa com suas edições. Diagramação o.k, fonte o.k também. Só não gosto muito da capa, mas é o que temos, então não vamos reclamar ♥.
Quote: “A característica essencial da infância não é a fusão de sonho e realidade, mas a alienação. Não há palavras para os mecanismos ocultos da mente de uma criança. Quando sábia, ela reconhece o fato e se submete às consequências. Quando contabiliza os danos não é mais uma criança”.
Nota: 4/5

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