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Crave a Marca - Veronica Roth

04:28

Olá Enevoados, tudo bem?
Hoje vim trazer para vocês a resenha de Crave a Marca da nossa querida Veronica Roth.

Será que você seria capaz de abrir mão de tudo para sobreviver? 
Em Crave a Marca somos apresentados a um universo totalmente diferente de Divergente e não podemos negar que isso nos pegou de surpresa, foi um impacto bem grande.
Na nova história da titia Ve, nós vamos ser apresentados ao Akos (Á-kos) e a Cyra (Sái-ra) onde em um determinado momento eles acabam se encontrando devido as fortunas (E quando digo fortuna não é dinheiro, é como se fosse o destino, mais não são todos que tem). Akos é Thuvesista e Cyra é Shotet, então podemos perceber que ambos os planetas são inimigos e no começo os dois personagens não se dão muito bem, mas no decorrer da história ambos percebem que um precisa do outro para atingir seus objetivos e também para sobreviver. 

Como eu comentei, Crave a Marca tem uma pegada totalmente diferente de Divergente. Nesse novo universo, vamos ser apresentados a planetas, a fortunas, a dons da corrente, chás que podem fazer o bem e o mal, são coisas novas e diferentes para mim. 
O que eu achei bem legal foram os dons da corrente que é aquele dom que você adquiri em uma determinada idade e todos tem, diferente das fortunas que nem todo mundo tem. Por mais que todos tenham o dom da corrente, cada dom é diferenciado e da pra ver que a Ve se empenhou e teve uma criatividade enorme de dar um dom peculiar para cada um, onde pode ajudar ou interferir. As fortunas ou o destino, eles não podem ser interrompidos e não podem ser mudados, vai acontecer. Se a sua fortuna for "Você será contratado pela darkside books" isso vai acontecer (DARKSIDE ESSA É MINHA FORTUNA, CONTRATA AÊ). No fim do livro para quem ficar perdido em alguns momentos da leitura (Eu fiquei perdida direto) tem um glossário no final onde você pode ver como se pronuncia os nomes e também os significados de cada um. 

A autora apostou em uma escrita totalmente diferente, intercalando entre primeira e terceira pessoa, o que particularmente eu achei um pouco ruim, porque quando eu estava me acostumando em primeira, ai pulava para terceira e depois você não sabia mais o que tava acontecendo, rs. A leitura é um pouco cansativa, quanto mais você le, mas brota páginas, mais a história não é ruim ta gente? É a leitura que é meio cansativa. 
O universo que a Ve criou é bem legal, eu gostei bastante, mas eu achei que as vezes ela se perdeu na própria escrita, porque querendo ou não, quem não tem o costume de ler coisas desse tipo, com planetas e tal, vai se sentir totalmente confuso, e para você se adaptar demora um pouco. Mas em partes de universo, planetas, oráculos, fortunas, dons da corrente eu achei bem legal, e dei a nota que dei por causa do universo. 
QUE VENHAM AS DECEPÇÕES. 

Lembrando que tudo que está nesse post, é a minha visão e minha opinião sobre o livro, okay? Okay.
Eu fiquei bastante decepcionada com os personagens, mais especificamente com o Akos porque eu estava bem animada para ler por causa dele, pensei que ele seria aquele personagem destruidor, mais não. O Akos ele é aquele tipo de personagem que quer atingir os objetivos e luta por aquilo que ama e isso é incrível, só que ele é muito sensível, ao extremo e me incomodou um pouco. Em determinados momentos da história, ele tinha que tomar decisões difíceis e que eu entendo que ele não queria fazer, mais por sobrevivência e por proteção ele acabou fazendo, e isso o levou a ter reações "depressivas" vamos dizer, como chorar e ficar bem mal. Da primeira vez me senti bem mal por isso, mais depois ele continua com essa sensibilidade toda vez que faz algo que não o agrada e me irritou. Não que o Akos não seja um personagem bom, ele é, só que a Ve não trabalhou muito nele, tanto é que as partes são em 3º pessoa, porque simplesmente não tinha o que contar. O que incomodou muitas pessoas também, foram as características do provo Shotet e do povo Thuve. Os Shotet são conhecidos por sua pele mais escura e agressividade, e os Thuve são conhecidos como os da pele e olhos claros, pele suave e fina, delicados. No começo eu me senti um pouco incomodada sim, tipo "O VERONICA, TA ME ZOANDO, TA QUERENDO DIZER O QUE COM ISSO?" Só que depois eu parei para refletir e é bem o que vivemos hoje sabe? Essa divisão de pessoas, enfim, não vamos nos aprofundar. Voltando aos personagens, totalmente diferente do Akos, a Cyra é uma personagem bem forte, foi muito bem construída, tem uma personalidade única. Ela acompanha a história sabe? Quando a história começa a crescer e as coisas começam a acontecer, ela cresce a amadurece junto, tem aquela dinâmica. Eu particularmente me identifiquei bastante com ela, personagem favorita ♥ 



Crave a Marca para mim poderia ter sido um livro único se a Veronica não tivesse deixando uns pontos em aberto de propósito, o final para mim foi perfeito, bem fechadinho e se ela tivesse esclarecido os pontos, nem precisaria de outro livro. Enfim, eu espero que essas decepções que eu tive com a escrita, personagens, algumas coisas com a construção do mundo sejam reparadas no segundo livro. Ah, mais uma coisa que deixei de ressaltar, eu bem que shippava a Cyra com o Akos, mas no decorrer da leitura, migos... NÃO!
Bom, é isso. Espero que tenham gostado, deixem seus comentários, quero saber o que vocês acharam. E sigam o blog também por favor ♥
Até a próxima ;*

textos

Parcialmente verdade.

14:13

Sem perceber os meus passos desnorteados e bagunçados cheguei aqui, em cima desse prédio, onde olho em volta e vejo os mesmos dos mesmos. Não sei bem ao certo como cheguei aqui, talvez depois de uma bela madrugada enchendo a cara e tragando sem perceber, me pergunto o que realmente me trouxe até aqui. Será que foram as risadas ao meu redor, será que foi as criticas, será que foram os olhares? Sabe aquela insegurança que fica ao seu redor como uma casca e aquela voz bem interna dizendo "saia já dai, já deu a sua hora". Eu me moldo sim fora dessa casca, ninguém precisa saber como realmente me sinto. Quando acordo todos os dias penso em como será o dia, e como eu vou enfrentá-lo hoje, será que vou ouvir as mesmas gargalhadas? Eu juro... Não queria chegar no fim de semana destruindo meu próprio corpo por causa de coisas que eu sei que não fazem parte de mim e o pior é que eu sei disso. A rotina continua sendo a mesma, as pessoas continuam sendo as mesmas, os passos desnorteados continuam sendo os mesmos e de repente sinto que estou apenas sobrevivendo com todo esse mundo ao meu redor, um pouco depressiva? Talvez. Se quiser me encontrar, vá até minha casa, entre no meu quarto e me visualize com fones de ouvido ao som de Aurora e com um belo livro. Respiro fundo antes de descer todas aquelas escadas que me fizeram chegar aqui, desço.. paro no meio da rua esperando um carro se chocar contra mim, porque essa é a verdade, sobreviver não vale a pena... Só que quando o vejo se aproximando, aquela vontadinha de viver fala mais alto e acabo voltando para realidade ao ouvir a buzina do carro e logo me desviar. Eu pensei que fosse verdade, que acabar com minha vida acabaria com toda a dor, com todas as coisas que estão me estragando, com todas as risadas sussurrando nos meus ouvidos, com todos os olhares estranhos. Mais ali parada diante aquele carro percebendo que eu poderia desistir, que eu poderia acabar com tudo ali, mesmo assim eu não quis... o pensamento foi rápido, o mundo tem tanto a oferecer para mim, Deus me ama tanto e as pessoas que sempre estão ao meu lado me amam também. Mesmo que meu coração não tenha batido mais forte por um alguém ainda, ah... ele vai bater e mesmo que isso não aconteça, ninguém precisa de alguém para viver, nós vivemos por nós mesmos e por aquilo que acreditamos que vai nos motivar e fazer com que possamos nos sentir bem. Aqueles pensamentos? Eram todos parcialmente verdades, porque? Eu não sou perfeita e tenho algumas recaídas, tenho vontade de voltar naquele tempo e ficar parada diante de um carro novamente, mais eu sempre penso, para que? O mundo sem mim e comigo não vai mudar. O que me fez pensar assim? Olhar todos os dias no espelho e acreditar que a pessoa que eu estou vendo, é capaz de tudo. 
Com os passos firmes e retos volto aquele prédio, subo todas as escadas e olho ao redor e vejo os mesmos prédios, subo no parapeito, olho para baixo, e se eu me jogasse agora? será que fiz tudo o que eu queria ter feito? será que minha vida valeu a pena? será que vale a pena tirar minha vida? ... Então eu desço, desço as escadas, não vou para o meio da rua e paro, eu atravesso a faixa e continuo seguindo o vento que me move sempre adiante.

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A Febre - Megan Abbott

03:41

Olá Enevoados, tudo bem?
Hoje vamos conversar um pouco sobre A Febre da Megan Abbot.

Alerta vermelho: A Escola Secundária de Dryden está com problemas, as meninas estão tendo algum tipo de reação a algo, o que leva a convulsões, contorções e tudo de pior que você pode imaginar.

Tudo começa a mudar quando Deenie presencia uma de suas melhores amigas Lise ter uma convulsão no meio da aula, logo, é acionada a emergência e Lise é levada para o hospital. O diagnóstico não fica bem claro e as pessoas começam a culpar a vacina contra HPV que as meninas tinham tomado a alguns dias atrás, só que Deenie também tomou e nada acontece com ela, porque? 
As coisas parecem que se tranquilizaram quando durante uma performance, Gabby uma das melhores amigas de Deenie também tem essa convulsão, a partir desse momento as coisas começam a ficar realmente tensas e Deenie assim como todo mundo quer saber o que realmente está acontecendo. Com a cabeça quente a mãe de Lise em uma conversa com o pai de Deenie acaba especulando que a culpa por a menina estar assim são os homens se é que vocês me entendem, como ela diz "Nós tentamos protegê-las, mais acabamos falhando, acabamos as prejudicando" e obviamente que ela fica meio paranoica e decidi colocar a culpa no hospital e em tudo que ela acha que possa estar envolvido. Mais e ai, será que foi o HPV que causou tudo isso, será que foram os homens ou será algo bem mais sombrio?


 É um livro bastante fácil de ler e que te prende até o fim para saber o que realmente é essa "Febre", só que aconteceu o inesperado. Eu criei muitas expectativas, até porque a sinopse dele é maravilhosa, e não foi o que eu esperava. A história é boa? Sim, mais faltou algo. A autora se aprofundou muito mais na Lise do que nas outras personagens que também tiveram reação a Febre. Eu entendo que pode ter sido algo realmente psicológico assim como um amigo comentou, e também conclui que aquele mal pode se voltar contra você, de fato. Só que eu esperava algo muito maior, achei nada mais do que uma vingancinha adolescente. Mais o que eu achei bem legal foi que, a autora deixou aberto para tirarmos nossas próprias conclusões sobre o comportamento humano, principalmente quando somos adolescentes e na escola acaba ocorrendo eventos inexplicavelmente chatos, como bullying, racismo, enfim.


O final é realmente surpreendente, não pelo fato do porque elas fizeram aquilo, mais a profundidade do que elas fizeram é terrivelmente grave e concluímos sobre o que o ser humano pode fazer para conseguir o que quer.

Espero que tenham gostado.
Até a próxima

Nota preferida: "Talvez a gente não conheça ninguém de verdade, Deenie pensou. E talvez ninguém nos conheça!

Minha avaliação: ★★★

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Flores Partidas - Karin Slaugther

09:48


Olá Enevoados, tudo bem?

Em janeiro eu não li tantos livros, mais os que eu li foram maravilhosos e um deles é Flores Partidas, da destruidora Karin Slaughter.
Flores Partidas vai contar a história de uma família onde no dia 4 de março de 1991 a filha mais velha Julia desaparece. A partir desse dia os pais de Julia começam a procurá-la compulsivamente, acionam as autoridades, mais como podemos dizer que a menina não era "o padrão da sociedade" acabaram inventando uma desculpa e deixaram a situação de lado. Não satisfeito, o pai de Julia não para de procurá-la pois tudo o que importa para ele é a família. A mulher acaba por fim se exaustando e parou de procurar, percebendo que o marido só vivia para isso, decidiu se separar por não estar aguentando. 

 Alguns anos depois conhecemos Lydia e Claire. Claire é  bem sucedida e casada com o famoso arquiteto Paul. Lydia é mais simples, casada/namorando com um homem que era dependente de drogas e tem uma filha que não é dele. O que essas duas tem em comum? Elas são irmãs e também são irmãs de Julia. Em um "belo" dia antes de Claire casar e quando Lydia era dependente de drogas, Claire namorava Paul. Ele se mostrava um cara totalmente atencioso, cuidadoso, amoroso. "Parecia que ele era obsessivo por ela, era cuidadoso demais" pensava o pai das meninas. Lydia disse que Paul tentou estuprá-la, obviamente pensamos que a reação da mãe e de Claire irá ser de horror, só que não! Claire  disse que ela estava louca e a mãe concordou, que ela estava inventando todas essas coisas e que Paul nunca seria capaz disso, e por fim isso acabou afastando as irmãs e a mãe de Lydia acabou se afastando dela. Só que ao passar dos anos onde ocorre um "fato" muito inesperado, Claire depois de casada vai descobrir que seu marido não era a pessoa que pensava conhecer tanto.
 
Flores Partidas é uma narrativa contada em primeira e em terceira pessoa, o que particularmente eu gostei da intercalação. As partes do pai onde é narrado em primeira pessoa, faz com que o leitor se sinta mais próxima do personagem e faz com que possamos sentir o que o personagem sente, é uma angustia enorme, uma revolta, vontade de chorar toda vez que nos deparamos com um pai desesperado para encontrar a filha e simplesmente as pessoas ao redor dizem "deixa pra lá". Eu como leitora me emocionei muito nos capítulos do pai, são os meus preferidos.
Um dos motivos para não deixar de ler Flores Partidas é: O livro é muito bem construido, muito bem escrito e com muita riqueza de detalhes. Posso estar exagerando, mais se nas outras obras da Karin for assim, posso chamá-la de "Stephen King feminina dos thrillers psicológicos" porque como diz uma amiga minha onde fizemos a leitura em conjunto, "Esse livro desgraçou com a minha mente". Os personagens são tão bem construídos que parece que você está vivendo na pele deles e principalmente nós podemos ver como é a mente de um psicopata, a Karin conseguiu construir e elaborar muito bem, a personalidade, o comportamento, o tom da voz, da pra ver que a autora pesquisou muito para escrever o livro, onde tiramos a conclusão de que "o que está escrito aqui, acontece, vamos ser realistas" e acontece sim, só que são simplesmente ofuscado aos nossos olhos.

Bom, eu amei o livro, um dos melhores livros que eu li, digo por completo. A escrita, a história, os personagens, a sensibilidade, os detalhes e etc...
Recomendo para todo mundo, mais tem que gostar bastante do gênero e ter um estômago porque tem umas cenas e argh!

Espero que tenham gostado da resenha.
Até a próxima :) 

Nota preferida: - É a verdade. Sinto muito em ser sincera, mas as meninas não gostam de capachos. Principalmente as bonitas, porque não existe novidade. Os caras dão em cima delas o tempo todo. Não podem andar na rua nem comprar um café ou ficar paradas num canto sem que um idiota venha fazer um comentário sobre a beleza delas. E as mulheres sorriem porque é mais fácil do que mandar os caras se ferrarem. E menos perigoso, porque, quando um homem rejeita uma mulher, ela vai para casa e chora por alguns dias. Se uma mulher rejeita um homem, ele pode estuprá-la e matá-la.

Minha avaliação: ★★★

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